FARMACOLOGIA - NOTÍCIA
Prezado(a) Doutor(a):
Ao prescrever uma droga terapêutica a um paciente, o médico leva em conta as doses e os intervalos que os remédios devem ser ingeridos para que possam atingir o resultado desejado. Entretanto, diversos fatores de variação podem interferir na resposta do paciente, tornando-se necessária a monitorização. A monitoração de drogas terapêuticas é importante para avaliar a posologia do fármaco no organismo, obter melhores efeitos terapêuticos e evitar a ocorrência de intoxicação.
Ao determinar a posologia de uma droga, o médico está individualizando a dose, pois o que consta na bula pode ser pouco ou muito eficiente para aquele paciente. E é a monitorização que vai dizer se a dose está alta, baixa ou ideal. "Se estiver ideal continua, se estiver alta ou baixa será feito um ajuste para chegar à janela terapêutica, ou seja, em uma faixa de concentração em que o paciente vai responder continuamente", explica o professor de toxicologia da Faculdade de Farmácia da UFMG, Carlos Tagliati.
No entanto, essa confirmação não pode ser feita apenas no consultório. "O médico prescreve um determinado medicamento para o paciente que passa um tempo usando aquela droga. Após a realização do exame laboratorial, o médico vai somar as informações clínicas do paciente e confirmar o resultado da monitorização terapêutica. Se estiver bem, continua com o medicamento, se não, ajusta a dose para chegar à resposta", esclarece o professor.
A determinação das concentrações tóxicas e terapêuticas eficazes de medicamentos tem se tornado uma importante atividade laboratorial, pois a monitorização feita nos laboratórios permite que seja realizada a avaliação da concentração sérica de medicamentos, cujos efeitos são de difícil observação clínica.
A farmacocinética da droga, isto é, sua absorção, distribuição, biotransformação e eliminação, aliadas à dose administrada, vão determinar sua concentração no ponto de ação e, consequentemente, a intensidade dos efeitos obtidos. Com estes conceitos, selecionam-se e ajustam-se as doses e os intervalos de administração. Entretanto, vários fatores podem influenciar os níveis séricos dos medicamentos como se o paciente tem pré-disposições genéticas, ingestão de outro medicamento, vômitos, intenso ou lento metabolismo, uso posológico incorreto dentre outros.
O professor da UMFG ressalta ainda que o médico tem que ter conhecimento da importância da monitorização terapêutica e lembra um artigo de mais de duas décadas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CDBA) que diz que "a posologia que consta na bula dos remédios é para nortear o médico; cada paciente é uma pesquisa clinica".
Na opinião do professor Tagliati a evolução da medicina diagnóstica vem contribuindo para os processos e resultados mais eficientes da monitorização de drogas terapêuticas. "Há 20 anos, fazer a monitorização era só com o método HPLC que tinha um custo alto. Hoje, são muitas as metodologias disponibilizadas pelos laboratórios, o que facilitaram muito o serviço da monitoração terapêutica", finaliza.
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Dr. Ricardo Florian Mottin CRF 5.817
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